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Dramas de Primeiro Mundo

Dramas de Primeiro Mundo

31.Out.14

Álbuns da minha vida (II)

Diana M.
A propósito da minha ansiedade, falei de uma música dos Machine Head, uma das minhas banda favoritas de todó sempre e resolvi mostrar-vos a música de que estava a falar, retirada de um dos álbuns da minha vida Unto the Locust. Se acharem que a música tem muito barulho, podem sempre ler a letra que eu deixo aqui.



"Be Still And Know"

In this struggle
Are we dead or alive?
Freedom is not existence
It's why we survive
Shake our grief
Hold on to belief
It can't enslave us forever
There is relief

No change will be permanent
Our strength enduring Bright incandescent
Take a chance before we fall
Backs against the wall

And the sun will rise
Dawn will break through the blackest night
Distant in its glow
This shall pass be still and know

And there's heartache
As we search to connect
Even just for a moment
Pretend We're content
There is love
Know that we are one
We are all in this together
Weather the storm

Look into each other's eyes
Make the connection before it dies
It will all disseminate
As we consummate

And the sun will rise
Dawn will break through the blackest night
Distant in its glow
This shall pass be still and know

Is it hopeless? 
Will the fear take control?
Don't succumb to the numbing
Sting of defeat
Take this hate
Let the bile stagnate
Hoist the head of Goliath
Bask in its grace

Stars realign in the sky
Glaciers will melt and the oceans rise
Waves will come crashing ashore
But withstand the roar

And the sun will rise
Dawn will break through the blackest night
Distant in its glow
This shall pass be still and know

30.Out.14

Update do último post

Diana M.
Apresentação feita. De manhã acordei de uma noite bem dormida - o ansiolítico não me deu sono, mas ajudou-me a dormir mais profundamente e sem interrupções durante a noite - por isso senti-me bem de manhã. Tinha aquele nervoso normal de alguém que não gosta de falar em público, mas para mim o nervoso normal é algo espectacular, porque eu só tenho a experiência de coisas extremas. Por isso, nervoso miudinho é bom.

Não necessitei de tomar outro ansiolítico, mas levei um na carteira, just in case. Apresentação feita, sem me engasgar, sem me esquecer de coisas, e correu tudo bem. Agora vem aquilo a que em inglês se chama "coming down" - ou seja, depois de um momento em que a minha adrenalina esteve ao máximo, depois do nervosismo antes da apresentação, e da apresentação em si, vem aquele momento em que o corpo e a mente voltam a adaptar-se a estarem normais. Isso traduz-se por: parece que levei com um camião em cima. É super cansativo, sinto-me exausta, mas é mesmo assim depois de um ataque de ansiedade. Apesar de não ter sido algo forte, é algo que me atinge e todas estas reacções são normais, estou habituada.

All in all, foi um dia que correu bem. Para aqueles que sofrem de algum distúrbio de ansiedade e que podem estar a ler isto, sabem que é verdade. O dia correu bem. Para aqueles que não sabem nem nunca sentiram isto na pele, devem estar a pensar "credo! isto é um dia bom??" Hehehe É. Consegui manter as coisas controladas, consegui fazer aquilo que era suposto fazer, e o meu sistema nervoso não entrou em overload excessivo. Quando não somos apanhados desprevenidos e conseguimos identificar o que nos está a acontecer, conseguimos agir para nos fazermos sentir melhor. 

Agora já posso descansar. Desta já me safei :)
30.Out.14

Eu e os Ansiolíticos

Diana M.

Como já perceberam por alguns posts neste blog, eu sofro de um distúrbio de ansiedade. Há já bastante tempo que ele não se manifestava, mas nos últimos tempos a coisa parece ter sofrido um revés, e a ansiedade veio instalar-se mais uma vez. Sofro disto desde pequena, estou "habituada" e sei quais são as situações que me provocam ansiedade. Sei identificar os sintomas e, quando a coisa não é muito grave, consigo acalmar-me com os meus métodos.

"Ah e tal mas toda a gente tem episódios de ansiedade!"

Sim, claro que sim. É uma resposta do nosso corpo e mente a situações que possam ser de perigo, por exemplo, em que temos de estar em alerta. O problema é quando a ansiedade toma conta das nossas vidas e não nos deixa funcionar como deve ser. Pode ser paralizante, incapacitante, impedindo-nos de realizar coisas tão banais como levantarmo-nos da cama. Tive uma crise grande de ansiedade no início do mês e, apesar de ter aqui um ansiolítico em SOS resolvi não tomá-lo, porque a ansiedade durou-me dias. Como o medicamento pode causar habituação e eu, a tomá-lo, teria que ser vários dias, não quis arriscar.

Eu sou daquelas que tem um mini ataque de ansiedade só de pensar em tomar medicamentos, principalmente psiquiátricos. Porque já vi pessoas a ficarem viciadas naquilo, já vi quem se parecesse mais como um zombie, e porque naquele caso em específico eu sabia que a ansiedade ia durar dias, e eu prefiro usar o que tenho em situações pontuais. Foi o que fiz ontem. Estive em estado de ansiedade o dia todo porque vou apresentar um trabalho numa aula, na faculdade, hoje (5a feira dia 30). Estava com o sistema nervoso tresloucado, não me conseguia concentrar em nada, tinha os intestinos em festa, não conseguia comer, ritmo cardíaco acelerado, etc. Pensei: como esta é uma situação singular, vou tomar o raio do comprimido.

Depois do jantar, tomo o comprimido, Olcadil para quem queira saber, que me foi receitado pelo psiquiatra em casos SOS, como este. Porque quero que a ansiedade baixe, que me proporcione uma noite de sono descansada, e que eu acorde amanhã fresca que nem uma alface pronta e confiante na minha apresentação. Só o tomei uma vez antes, numa situação parecida, há dois anos. Na altura não tive efeitos secundários e dei-me bem com aquilo. Ontem pensei, "mesmo que me dê sonolência, é de noite, é da maneira que vou dormir mais cedo" - no problem. E a coisa correu bem. Começou a dar-me o sono à minha hora normal, nada de extraordinário nem de excessivo. E acalmou-me a ansiedade em pouco tempo. Não digo instantaneamente, mas sei lá... em 20 ou 30 minutos.

Quanto ao dia da apresentação, hoje, trarei-vos updates mais logo para saberem :)

Só uma coisa: não se auto-mediquem à toa. Eu tenho um problema, eu fui seguida por psicóloga, psiquiatra e psicoterapeuta durante anos. Este medicamento em SOS estou a tomá-lo porque sei que posso. Foi-me receitado especificamente para estas situações, e já tenho consulta marcada para contar o que me aconteceu. Mas não façam coisas destas à toa. Não tomem Xanax porque estavam nervosos, sem ninguém vos ter dito antes que podem, ou sequer se é o produto correcto ou a dose correcta para vocês. Informem-se. Os psicólogos não são bichos papãos.

Além disso, os ansiolíticos não curam a ansiedade. Podem ajudar-nos a acalmar naquele momento, para que possamos funcionar normalmente, mas não é daí que vem a cura. Dá muito trabalho, paciência, exige um grande esforço e força de vontade mesmo nos momentos em que não queremos fazer mais nada. Não é nada fácil, mas a coisa vai. Se realmente quisermos, a coisa vai. Se nos mentalizarmos que somos mais teimosos do que ela. E os distúrbios de ansiedade são assim: uma luta constante cada vez que ela aparece. Se há cura? Não sei. Mas há maneiras de aprendermos a lidar melhor com ela, de não ter medo dela e a termos compaixão por nós mesmos pelo momento em que estamos a passar. E a dizer-nos a nós próprios "Já passaste por isso e tudo acabou por ficar bem. Desta vez vai ser a mesma coisa. Tudo passa." Como diriam os Machine Head numa música que eu adoro: This shall pass Be still and know.
26.Out.14

Mentalizar-me

Diana M.
... que depois do jantar, durante a semana, e ao domingo não faço nada relacionado com o doutoramento. Há que ter tempo para tudo. Para descomprimir, para ver um filme, procrastinar na internet, ir passear, sair com as amigas, ler algo não relacionado com a faculdade, conversar, etc.

Se não, dou em doida.

Ah, já vos disse que estou a conseguir manter o peso, desde que emagreci? Yay! Ando a comer porções mais pequenas, para evitar aquela sensação de estar cheia ao fim da refeição, e tenho-me sentido bem. Além disso, passei a fazer caminhadas umas 3 vezes por semana. Vou e venho a pé da faculdade, quando chego a Lisboa claro, e isso faz mais ou menos 1h por dia a andar. :)
25.Out.14

The End of Heartache

Diana M.
Acordei com isto na cabeça. Adoro a música.



Seek me, call me
I'll be waiting

This distance, this dissolution
I cling to memories while falling
Sleep brings release, and the hope of a new day
Waking the misery of being without you

Surrender, I give in
Another moment is another eternity

(Seek me) For comfort, (Call me) For solace
(I'll be waiting) For the end of my broken heart
(Seek me) Completion, (Call me) I'll be waiting
(I'll be waiting) For the end of my broken heart

You know me, you know me all too well
My only desire - to bridge our division

In sorrow I speak your name
And my voice mirrors my torment

(Seek me) For comfort, (Call me) For solace
(I'll be waiting) For the end of my broken heart
(Seek me) Completion, (Call me) I'll be waiting
(I'll be waiting) For the end of my broken heart

For comfort, for solace
(Seek me) For comfort, (Call me) For solace
(I'll be waiting) For the end of my broken heart
(Seek me) Completion, (Call me) I'll be waiting
(I'll be waiting) For the end of my broken heart
24.Out.14

Sou só eu...

Diana M.
... que fico embasbacada a ver vídeos de colecções de maquilhagem?
A sério, digam que não. Por favor, juntem-se a mim e digam que, de vez em quando, perdem tempo precioso das vossas vidas a maravilharem-se com algumas colecções a tender para o gigantescas de maquilhagem, toda organizadinha, quer em gavetas ou em caixas de acrílico, todas bonitinhas. Ou isto é coisa de novata?

Não me façam sentir sozinha!!
19.Out.14

Álbuns da minha vida (I)

Diana M.
Quem me conhece pode ficar embasbacado a olhar para isto. Mas sim, o The Miseducation of Lauryn Hill é um dos álbuns da minha vida. Do alto dos meus 13 anos eu andava a ouvir estas coisas e ainda hoje mexe comigo sempre que calha ouvir uma música deste álbum. Da altura em que ainda se compravam cd's e os ouvíamos no discman *momento de nostalgia*

Aqui fica uma das minhas músicas favoritas

18.Out.14

A importância de conhecermos a nossa pele

Diana M.
Depois de uns tempos meio caóticos na minha vida, finalmente venho falar de uma cosia de que já queria ter falado aqui. Sempre que me maquilho lembro-me "tenho de escrever sobre isto!" e depois acabo por me esquecer...

 

No mês de Junho fui a um dermatologista por causa da minha pele do rosto. A minha mãe tem rosácea e eu tenho zonas avermelhadas no rosto, por isso a modos que achei que seria altura para saber se estas vermelhidões também podiam ser rosácea e que cuidados é que eu tinha que ter com o rosto. Para além de uma rosácea muito no início, porque só tenho os cantos do nariz com os vasos sanguíneos mais visíveis e as bochechas rosadinhas, o médico diagnosticou-me também com dermatite seborreica.

 

Em termos de cuidados de pele, receitou-me um sérum para aplicar nas zonas mais afectadas (sobrancelhas, nariz e queixo) sempre que eu estivesse pior - com borbulhas, descamação, vermelhidão. Como isto é algo crónico, é uma questão de ir vigiando e aplicar o sérum quando for preciso. Mas, para além disso, decidi avançar com um creme de rosto também indicado para o problema, e decidi experimentar o creme da Bioderma, da linha Sensibio DR - peles sensíveis com dermatite seborreica. Meus amigos: foi a melhor coisa que já fiz.

 

Uns dias depois de ir ao dermatologista (e antes de me decidir a comprar o creme), comprei um primer de rosto que me ajudava a controlar a oleosidade da zona T e que fazia a maquilhagem aguentar-se durante mais tempo. Estava a adorá-lo e acho que para peles mistas, como a minha, é muito bom. Falo do Instablur, da The Body Shop. Nisto passa-se o verão, altura de calor, transpiração, "c'horror não m'aguento", e não usei maquilhagem nenhuma porque não tenho paciência. Começa o outono e aqui a Diana volta a ter vontade de se maquilhar. Então eis que antes da base ponho o Instablur e começo a notar que tenho dificuldade em espalhar a base, como se a pele estivesse seca, para além de notar que há partes no rosto que parece que a base está a escamar ou coisa do género. Eu já a panicar, a pensar "ai meu deus! a minha pele mudou e vou ter que mudar tudo também!"

 

Mas depois lembrei-me: estou a usar um hidratante que controla a oleosidade + um primer de rosto. Resolvi retirar o primer da rotina e fiquei-me pelo hidratante e a base. E a Diana fica feliz! Porque descobri um hidratante que, como é para a dermatite seborreica, para além de a tratar, controla a produção de sebo - ou seja, não tenho necessidade de um primer. E já tive dias em que saio de casa maquilhada, de manhã, chego ao fim da tarde a casa e, apesar de desvanecer sempre qualquer coisa, estou super apresentável, com tudo no lugar, sem focos de oleosidade.

 

Tudo isto para dizer que se não conhecermos o nosso tipo de pele e não usarmos produtos adequados para ela, não há maquilhagem que nos salve. E se conhecermos, corre tudo muito melhor e panicamos menos naqueles 10 minutos que nos faltam para sair de casa, e que escolhemos para nos maquilhar à pressa.
11.Out.14

Quase de volta ao normal

Diana M.
Já consigo comer comida de gente.
Já me consigo concentrar nas leituras (pelo menos nas da faculdade).
Já gargalhei.
Já consigo dormir a noite toda. Ou pelo menos até a minha gata decidir vir chatear-me...

Things are becoming normal again.

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