Ora pois este blog não podia escapar ao balanço anual, não é verdade? Este foi um ano em cheio, com muita coisa a mudar, com coisas boas e más, mas penso que foram mais boas do que más. Não me posso, de facto, queixar. Senão, vejamos:
Em Abril comecei a trabalhar no centro de investigação a que pertenço, na faculdade. É certo que é uma bolsa - não é um contrato de trabalho, não tenho direito a uma data de coisas -, mas é um trabalho. É um meio de subsistência, ainda que precário. Portanto, uma daquelas metas que ponho a mim mesma todos os anos e que nunca chego a cumprir, este ano cumpri: independência financeira, check!
Outra das coisas que ia ficando sempre para trás por causa do motivo acima explicitado (a falta de carcanhol), foi viajar até Inglaterra. Mas este ano, por causa de uma conferência em que participei, fui a Manchester! Ainda lá estive cinco dias, deu para passear pela cidade e por alguns dos pontos principais, visitei o meu irmão que, na altura, vivia nos arredores da cidade (agora já voltou a terras lusas) e ainda fui a um castelo que, coincidência das coincidências, o Tolkien gostava muito de visitar: o Clitheroe Castle. Por isso, viajar até Inglaterra, check!
Outra coisa que queria muito fazer era sair de casa. Concretizei metade dessa meta. Ou seja, por motivos de herança familiar, há um apartamento vazio para o qual eu podia ir viver sem pagar renda, pagando só as outras contas habituais. O meu irmão vivia lá antes de ir para Inglaterra, mas, já que ele estava na terra dos bifes, ia para lá eu! Ainda me diverti a comprar algumas coisas para mobilar a casa, mas eis que duas coisas se passaram: mega crise de ansiedade que durou dias, semanas e vai daí que se calhar é melhor planear a saída de casa de forma mais estruturada (psicoterapeuta mega badass e awesome), e o meu irmão, entretanto, voltou e está nessa casa. Por isso, se o meu irmão conseguir sair de lá nos próximos meses, a meta do "sair de casa dos pais" poderá ser concretizada para o ano. Até lá, muita terapia, muita coisa dolorosa, muita mudança de pensamento e de perceber um bocadinho mais sobre mim. Mas isto também é uma coisa boa! Há momentos da vida que, às vezes, não nos correm tão bem e que nos fazem dar dois passos para trás, para que possamos resolver coisas que precisam ser resolvidas, para que os dois passos para a frente sejam mais seguros e firmes.
Com a independência financeira, veio uma maior liberdade nos gastos. Tenho conseguido poupar bastante, mas também estou bastante mais liberta para fazer e comprar o que quero. Novos óculos, telemóvel, computador (oh meu deus, comprei um MacBook!!), livros, roupa, maquilhagem, bilhetes para concertos, almoços com amigos... Estou a gostar tanto disto, que nem vos digo.
Por outro lado, coisas menos boas também aconteceram. Como já disse várias vezes, tenho Transtorno de Ansiedade Generalizada e nem tudo é fácil, nem todos os dias são bons. A ida e estadia em Manchester foi quase traumática, nesse aspecto. Ainda que reconheça que foi um passo importante para mim, foi também muito complicado em termos mentais e emocionais. Tenho dias bons, tenho dias maus, às vezes é um vazio e é tudo muito solitário, mas tudo isto também serviu para apreciar melhor os meus amigos. Este também foi o ano de cimentar amizades e sou muito grata por ter pessoas que me apoiam, que gostam de mim, que me entendem e aceitam tal como sou.
Este ano tem sido de um grande trabalho interior, de me pôr à prova e desafiar, de perceber quem sou e o que quero, de passar para o próximo nível, de apreciar o que tenho à minha volta e descartar o que já não me serve. 2017 foi um bom ano, como se calhar não tinha há muito tempo. Foi um ano marcante, cheio de mudanças e coisas novas. Acho que foi uma espécie de preparação para o que aí vem em 2018 que só espero que seja melhor do que este.
Assim, desejo a todos os que seguem este cantinho um ano de 2018 cheio de oportunidades e surpresas boas, de concretização, amor, saúde e muitas leituras. Aproveitem todos os vossos momentos de diversão, de sossego, de carinho, na companhia daqueles que mais gostam ou nos momentos de maior solidão que, às vezes, todos precisamos. Desfrutem das gargalhadas, das conversas mais parvas, das idas ao cinema, ao teatro, dos vossos animais, das vossas pessoas. Aproveitem os momentos mais complicados e difíceis para crescer e aprender alguma coisa. Tornem-se mais fortes e mais compassivos, mais empáticos e pacientes. Beijem e abracem mais, mas permitam-se ser beijados e abraçados também. Desejo-vos tudo de bom para as vossas vidas e em 2018 cá estaremos novamente!
Vejo blogs com favoritos de 2017 de todos os tipos: livros, filmes, séries, música, maquihagem... Se calhar faço isso tudo junto, boa? Boa. Aqui vão.
Livros
Ora na área das leituras a verdade é que não li muita coisa. Li basicamente 4 livros: Royal Assassin e Assassin's Quest, da Robin Hobb, American Gods do Neil Gaiman e Words of Radiance do Brandon Sanderson. Não foram muitos livros, mas foram calhamaços e livros de fantasia muito bons. Adorei os dois livros da Hobb, quero muito continuar a ler livros desta autora e já peguei o vício à minha mãe, também! O livro do Neil Gaiman é delicioso porque assistimos a deuses de várias mitologias a "brincar" com os humanos quase sem que nos apercebamos, para além de nos relembrar da importância das heranças culturais de cada um. Por último, Brandon Sanderson nunca desilude. Words of Radiance é um portento, tal como é o volume anterior, em que o autor nos vai revelando cada vez mais de um mundo de fantasia rico e vasto. Adorei e posso afirmar, com toda a certeza, que é um dos meus autores de fantasia favoritos.
Filmes
Pensava que tinha visto mais filmes do que realmente tinha visto, mas é quando faço este tipo de balanços que vejo que me tenho dedicado pouco ao entretenimento - porque não tenho tempo, porque não tenho cabeça, enfim. Foram 10 filmes que vi pela primeira vez e posso listá-los aqui: Melancholia, Jackie, Django Unchained, Guardians of the Galaxy, John Wick, Straight Outta Compton, All Eyez on Me, Wonder Woman, Inside Out e Star Wars: The Last Jedi. De todos, destaco alguns: Melancholia, que até fiz uma review aqui; Django Unchained, por todas as questões levantadas por Tarantino e pelas prestações brilhantes de todos os actores; Inside Out, que é um filme de animação tão bom sobre emoções, sobre crescer e sobre a importância de nos deixarmos sentir todas as emoções, caso contrário tornamo-nos dormentes ao que nos rodeia; e o mais recente capítulo de Star Wars - que filme do caraças, encheu-me completamente as medidas e estou ansiosa para ver como a história acaba.
Séries de TV
Sem dúvida nenhuma, este ano foi ano de Game of Thrones, American Horror Story e Stranger Things.
Game of Thrones está a chegar ao fim e as várias linhas de acção estão a começar a convergir, várias dúvidas começam a ser esclarecidas, as personagens estão, finalmente, a tornar-se aquilo para o qual estavam destinadas a ser. Apesar das falhas, gostei bastante desta temporada e quero muito saber como tudo acaba.
American Horror Story: Cult foi muito boa. Tomando como cenário de fundo a eleição do Trump, os criadores da série jogaram com a criação de um culto e com a ideia de que cada um tem a sua agenda, as suas motivações, independentemente de idelogias partidárias. Gostei muito, acho que coloca questões pertinentes e importantes, especialmente porque é uma temporada que vai trabalhar questões muito actuais, especialmente na sociedade americana.
Por fim, Stranger Things - a volta de todas as referências da cultura popular dos anos 80, dos miúdos geek que se vêm envolvidos num mundo sobrenatural que tem um poder enorme nas suas vidas. Do que eu mais gosto nesta série é das personagens, da união entre elas perante todas as adversidades por mais implausíveis que possam ser, no mundo real.
Ainda assim, não posso deixar de mencionar This is Us que cada vez se torna melhor e aprofunda questões importantes da natureza humana. Adoro todas as personagens e os temas que abordam, acho que a nível emocional e psicológico está muito bem feita e recorre a muito poucos ou quase nenhuns artifícios para contar boas histórias.
Produtos de Beleza
Começando pelos cuidados da pele, não dispenso estes produtos:
O tónico Effaclar da La Roche Posay - quando, por algum motivo (a.k.a preguiça) o deixo de usar noto logo a diferença, que é como quem diz, aquelas borbulhinhas chatas típicas de quem tem dermatite seborreica voltam. Na testa, no queixo, na zona do nariz. Quando o uso, noto que a minha pele está mais limpa e livre daquilo que causa essas borbulhas.
O óleo de rosa-mosqueta da PAI - Comprei este óleo no início do ano e é o que uso à noite, depois de limpar a pele. Outro aliado da pele hidratada e sem borbulhas. Quando não o uso, o raio das borbulhas também voltam! Bastam 3 gotas para todo o rosto, não, não deixa o rosto oleoso e está para breve o re-abastecimento deste producto.
Sérum da Sesderma Vita-C - Não usava nenhum sérum e decidi experimentar este. Uso todos os dias de manhã, antes do creme hidratante e o meu rosto parece que ganha maior vitalidade, que não fica tão baço. Tenho gostado muito do efeito que tem na minha pele e quero, agora, apostar num sérum hidratante para usar à noite, porque apesar de ter a pele mista, tenho tendência para ter a pele desidratada, especialmente agora, no inverno.
Gel de Banho de Karité e Manteiga de Corpo da linha Honeymania - Adoro o cheirinho,a hidratação, como a minha pele fica quando uso ambos os produtos. A Body Shop é a minha perdição no que toca a produtos de corpo e, volta e meia, experimento produtos diferentes, mas estes dois foram, sem dúvida, os meus favoritos.
Maquilhagem
Gosto muito de me maquilhar, por mais simples que a maquilhagem seja. Mas, sejamos sinceros, aquela preguiça de manhã... Pensar que posso ficar mais 10 minutos na cama muitas vezes ganha a levantar-me com tempo suficiente para me maquilhar. Ainda assim, acontece! Maquilhar-me para ir trabalhar ou quando vou sair para outro lado é algo que gosto de fazer e aqui vão alguns dos meus produtos favoritos.
Paletas de sombras - Tenho duas favoritas e são as que uso mais. A paleta Natural Eyes da Too Faced que, desde que a comprei, é praticamente a ela que recorro se não me apetecer ou tiver tempo para pensar muito. Além desta, também gosto muito da Shade+Light Eye Palette da Kat von D, porque as cores são neutras, matte, super pigmentadas e a paleta é super prática para quem não tem grande experiência e quiser coisas simples.
Batons - O batom líquido da Kat von D na cor Double Dare é um nude rosa do tipo "my lips but better" que adoro porque os lábios ficam matte sem ressecarem e a cor aguenta imenso tempo, mesmo depois de comer e beber. Para além deste, os lápis Velvet Matte da NARS nas cores Cruella e Dolce Vita foram os que mais usei. O Dolce Vita para o trabalho, que é mais discreto e fácil de aplicar de manhã, e o Cruella é um vermelhão que adoro usar quando vou sair noutras ocasiões.
E é isto. Vamos ver o que me 2018 me vai trazer!
E vocês, têm favoritos destes também? Partilhem comigo
A minha paixão pela música vem desde sempre. Provavelmente desde que estava, ainda, no útero da minha mãe, já que ela conta sempre a história de, de vez em quando, colocar auscultadores na barriga para eu ouvir música. Em minha casa sempre houve música: de manhã, à hora das refeições, ao fim da tarde, sempre. E vários estilos, desde Wham!, a Michael Jackson, Depeche Mode, Queen, Pink Floyd, Madonna, Zeca Afonso ou Madredeus, basicamente ouvia-se de tudo. Por isso, aprendi a ouvir vários estilos de música e tornei-me viciada em música. Na adolescência tudo ganhou maior dimensão e comecei a ouvir coisas que os meus pais não ouviam e a explorar novos territórios. Tornei-me verdadeiramente apaixonada por música, via todos os documentários, tentava obter o máximo de informação possível sobre um músico, uma banda, um género musical, ouvia os álbuns de uma ponta à outra, dissecava todas as letras, quando alguém não sabia alguma coisa vinham-me perguntar a mim.
A música é um amor que nunca vai morrer e, apesar de eu ter um estilo preferido, ainda vou ouvindo coisas que fogem ao que eu gosto, nem que seja para me manter informada e para dizer que não gosto. Para dizer que não gosto do artista ou da banda X, eu tenho de os ouvir primeiro. E depois de tanta coisa, o que eu quero realmente dizer é que decidi que seria engraçado partilhar convosco as músicas que mais vou ouvindo durante a semana num post único no final de cada semana, ao domingo. Como ultimamente não tenho sido muito boa a cumprir promessas blogueiras, não sei se vou conseguir manter essa frequências, mas é esse o meu objectivo.
Assim, fica aqui o primeiro conjunto das músicas que mais ouvi durante a semana que passou.
Spit out the bone - Metallica
Welcome home (Sanitarium) - Metallica
The Unforgiven - Metallica
Until it Sleeps - Metallica
Walk With Me in Hell - Lamb of God
Descending - Lamb of God
Downfall - Lacuna Coil
Imperium - Machine Head
Darkness Within - Machine Head
Halo - Machine Head
A Farewell to Arms - Machine Head
My Beautiful Dark Twisted Fantasy - Kanye West (todo o álbum, com destaque para a canção Runaway)
Eis que chegamos a dezembro. Comassim??? O tempo é um sacana do caraças...
Mas como já é da praxe, resolvi partilhar aqui convosco o que gostava de ter por este natal. Curiosamente, quando decidi fazer esta lista demorei imenso a decidir-me, porque praticamente não me lembrava de nada que quisesse pedir. A verdade é que ao longo dos últimos meses fui-me mimando com algumas coisas que queria e, chegada a esta altura, não tenho muito que pedir. Ainda assim, há uma coisa ou outra que gostava de ter e, por isso, aqui fica a minha lista.
Kobo Aura Edition 2
O meu Kobo tem 5 anos e, coitado, já merecia ir para a reforma. Li bastantes livros nele e vou, com toda a certeza, continuar a ler. No entanto, apesar de ainda estar a funcionar, já vai ficando lento, de vez em quando baralha-se quando viro as páginas, está cansado, coitado. Por isso, gostava de ter um Kobo novo e a única funcionalidade extra que gostava de ter é o facto de ter iluminação frontal.
OLivro do Hygge - O segredo dinamarquês para ser feliz, de Meik Wiking
Tenho andado um bocadinho obcecada com isto do Hygge - ele é no Instagram, no Pinterest, em sites de decoração... Há vários livros dedicados a esta espécie de estilo de vida que é todo a favor do aconchego, do relaxamento, da meia luz, dos sentidos. A revista Visão tem um bom artigo sobe o Hygge, se não souberem o que é e tiverem curiosidade.
5 Ingredientes, de Jamie Oliver
Descobri há uns tempos o canal My Cuisine e deparei-me, imediatamente, com o programa do Jamie Oliver em que ele utilizava somente 5 ingredientes para cozinhar uma refeição simples, saborosa e rápida de fazer. Rapidamente fiquei viciada no programa e eu, que sei cozinhar, mas não sou nenhum ás na cozinha e que sofro de preguicite no que toca a fazer comida, dei por mim a pensar que conseguia fazer aquilo. Acho que é sempre bom ter um livro de receitas para nos dar ideias na cozinha e acho que este seria um bom começo para mim.